UOL: Reforma da Previdência

Analistas financeiros veem fôlego curto para governo aprovar reforma da Previdência

Flávio Costa e Guilherme Azevedo, São Paulo

O mesmo governo que obteve anteriormente, com certa facilidade, a aprovação da PEC do teto dos gastos públicos e da reforma trabalhista, deverá correr contra o tempo se quiser passar pelo Congresso a reforma da Previdência. Para operadores do mercado financeiro, após conseguir que a Câmara de Deputados arquivasse nesta noite de quarta-feira (25) a segunda denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o presidente Michel Temer (PMDB) tem fôlego curto para obter vitória em sua principal pauta econômica.

 

O presidente deve tentar levar a pauta à votação no Congresso ainda neste ano, já que 2018 é ano eleitoral e os deputados devem resistir a aprovar um projeto considerado impopular. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, já disse considerar que o governo não tem votos suficientes para a aprovação da proposta.

 

De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, da “Folha de S. Paulo”, os parlamentares “estão com raiva” do assunto. Ele avalia que os votos favoráveis giram em torno de “150 a 200 votos”. Para aprová-la seria necessário o apoio de pelo menos 308 parlamentares.

 

“Já é um fato que não haverá a reforma da Previdência da maneira pretendida inicialmente pelo governo. Será a reforma possível. Essa é uma pauta que vai atravessar os futuros governos, que deverão a seu modo, fazer mudanças pontuais”, afirma Marcelo López, gestor de investimentos da L2 Capital Partners.

 

“O ideal é que o Congresso aprove a reforma ainda neste ano ou, no mais tardar, no primeiro trimestre de 2018. Depois, ficaria ainda mais difícil um aprovação por causa da proximidade da eleição. O governo precisa demonstrar ao mercado que tem força para fazer passar esta reforma.”

 

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, a permanência do presidente se apoia ainda nas forças que regem a economia brasileira. “O mercado vê com bons olhos a permanência de Temer, uma vez que, dentro de toda a tensão institucional existente, sua permanência representa em tese um ‘porto seguro’ para as reformas.”

 

Apesar disso, ressalva o economista, ficou “evidente que o capital político dele e do seu grupo se esvai e talvez não sobrem fichas suficientes para reformas significativas”.

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/10/26/apos-arquivar-denuncia-governo-tem-folego-curto-para-aprovar-reforma-da-previdencia.htm

Comentários

Deixe seu comentário

Todos os campos são obrigatórios
Pesquisar
Publicações Recentes

Headset: relatório da cannabis

No meio dessa semana, a Headset, uma plataforma especializada em cannabis, divulgou um relatório baseado nos dados coletados pela DEA referentes à reclassificação da substância.

Continuar lendo

Contato

Brasil
Vila da Serra, Nova Lima - MG
CEP: 34.006-053
Austrália
Sydney CBD, NSW
Tratamento de dados - DPO
Bruna Massud
dpo@l2capital.com.br
Ao enviar seus dados, você declara estar de acordo com os Termos de Política de Privacidade

Dev by

É recomendada ao investidor a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento ao aplicar os seus recursos. A L2 Capital Partners não comercializa cotas de fundos e/ou clubes de investimento ou qualquer ativo financeiro. Conheça nossa Política de Voto.