Jornal “O Tempo” – Magnesita

PUBLICADO EM 31/05/16 – 03h00

JULIANA GONTIJO

Com o objetivo de reforçar a presença no exterior, a Magnesita, fabricante de materiais refratários usados pela indústria siderúrgica, deve abrir uma holding, a Mag International, com sede em Londres, na Inglaterra, até o fim deste ano. A empresa tem operações industriais nos Estados Unidos, Brasil, Alemanha, França, Bélgica, China, Argentina e Taiwan.

A companhia possui, hoje, em torno de 75% de suas receitas geradas em mercados fora do Brasil. A presença internacional é complementada por escritórios comerciais em 22 países e operações comerciais com mais de cem países.

A Mag International terá seu capital aberto na Bolsa de Londres e lançará um programa de recibos de ações (DRs – Depositary Receipts) na BM&FBovespa, de modo que os investidores poderão optar por ter ações ou BDRs (certificados de depósito de valores mobiliários – Brazilian Depositary Receipts) da Mag International.

O diretor jurídico e de relações institucionais da Magnesita, Luiz Gustavo Rossato, informou que não haverá qualquer alteração de controle nem mudança nos negócios da companhia. A Magnesita Refratários vai manter integralmente suas operações da América do Sul.

Juros menores. Para o sócio da L2 Capital Marcelo López, com a mudança de sede jurídica para Londres, a empresa ganhará maior visibilidade no mercado internacional. Outra vantagem é o menor custo da dívida. “Afinal, lá fora é possível conseguir recursos com juros mais baixos do que no Brasil. Com essa nova dívida, a empresa poderá recomprar sua dívida antiga, de custo maior”, esclarece.

Ele afirma que a redução do custo dessa dívida deve acarretar um maior valor de mercado. “Isso deve influenciar no preço das ações, o que não significa que elas vão disparar rapidamente”, acrescenta ele.

López ressalta que, uma vez em Londres, a empresa será comparada com companhias como Vesuvius e Rhinebeck. “Aqui, a Magnesita é comparada a Usiminas, CSN e Gerdau. Lá fora, terá seus próprios ‘peers’, com um risco de negócio razoavelmente menor e, portanto, valores maiores para as ações”, diz o especialista.

Aprovações. Em nota, a Magnesita informou que a reorganização está condicionada à aprovação dos acionistas, em assembleia ainda a ser convocada pela administração, à aprovação das autoridades regulatórias brasileiras e britânicas, além de autorizações específicas do conselho de administração para algumas etapas da operação e “obtenção de outros consentimentos eventualmente necessários”.

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